Nossa história contra o Extermínio de Jovens

O trabalho comunitário cultural foi bruscamente interrompido pela tragédia do assassinato de Marcinho Pitbull, a liderança, do movimento Megas Kamaradas.


Descobriu-se a través do Comitê estadual dos Direitos Humanos e da CPI da Assembleia Legislativa do Estado do Pará que Marcinho havia sido vítima de grupos de extermínio que atuam na Grande Belém.


 Com isso houve a mobilização das mulheres, mães das vítimas de violência letal, em busca de justiça e paz nas periferias. Esse movimento fortaleceu o Instituto Marcinho na missão com a proteção de pessoas em risco, tornando-o referência para famílias das periferias vítimas de violências.


O Instituto Marcinho, como movimento social, ganhou corpo e voz através de parceiros, voluntariado e comunidades em municípios do Pará.


Atualmente fomenta a prevenção e a proteção contra o Extermínio de Jovens nas Periferias as violências através da educação popular, descriminalização da cultura das periferias, amparo socioemocional e jurídico para a garantia dos direitos humanos de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias expostas a ameaça ou vítimas confirmadas de violência letal.

Parágrafo Novo

A História da logomarca

A nossa logomarca é a imagem de uma fotografia de uma das mães das vitimas da chacina de Belém em 2014, um adolescente de 16 anos. Essa mãe, ao ver o filho executado com 10 tiros acalentou o corpo, e juntou a massa encefálica do adolescente erguendo-a, perguntando a Deus o porquê de tanta violência.

Na logomarca foi elaborada pelo arte-educador Santa Fé, que substituiu a mão erguida com um cravo, uma flor que representou a esperança de justiça e paz nas periferias.

As vitimas ficaram conhecidas como os cravos de novembro de 2014.

Mobilização


2014 à 2019 restou a família, aos amigos e aos Megas Kamaradas restou a pergunta: “Quem matou Marcinho?”. Essa pergunta ainda não tem resposta. Iniciou-se a busca incansável por justiça através de sua família, de sua mãe biológica Suzana Amaral.


Descobriu-se que o atravessamento da violência letal não havia sido só com o Marcinho, mas havia outras 9 vítimas de homicídio por arma de fogo, todos homens adolescentes e jovens entre 16 e 22 anos. O que mobilizou 10 mulheres, mães dessas dez vítimas em busca de respostas.


Na ocasião, órgãos governamentais e Organizações da Sociedade Civil mobilizaram-se e compreendeu-se que os 10 homicídios ocorridos entre a noite de 04 de novembro e a madrugada de 05 de novembro configuravam uma chacina executada por grupos de extermínio na Grande Belém. A Ouvidoria Estadual de Segurança Pública do Pará, o Ministério Público do Estado do Pará e a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) acompanharam os casos através dos processos judiciais e da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apuraram atuação de grupos de extermínio

TRABALHO EM CONJUNTO COM PARCEIROS

Trabalhamos com a sociedade civil e órgãos do Estado em busca de responsabilização jurídica dos responsáveis!

01

Reuniões

Realizamos inúmeras reuniões onde todas as mães das vítimas estiveram cobrando justiça aos órgãos competentes.

02

Mobilizações

Os movimentos sociais no Pará reuniram-se para apoiar a causa do enfrentamento à letalidade nas periferias por grupos de extermínio.

03

Rodas de conversa

Ações com reunião e rodas de conversa para fortalecimento da rede de apoio das Mulheres, mães das vítimas de violência letal por grupos de extermínio.

04

Incidência política

A participação do coletivo em audiências públicas, em conselhos estaduais e municipais de segurança pública, bem como eventos sobre o tema.

Reconhecimento no Estado do Pará na Defesa de Direitos Humanos

A luta por justiça e a resistência do Instituto Marcinho obteve reconhecimento através da condecoração da liderança feminina de Suzana Amaral como defensora dos direitos humanos no Estado do Pará pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará condecorando-a com a Medalha Paulo Frota em 2015, pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) em 2016 e pelo Movimento República de Emaús por meio do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente em 2017.